quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ALL WE NEED IS LOVE!

Amigos e Amigas, estou aqui pra agradecer mais uma vez o carinho de todos.
Seja através de comentários, mensagens no Facebook e Orkut ou visitas (já foram mais de 300 até agora)! Cada demonstração é muito importante pra nós.
Eu sabia que o Blog faria sucesso, graças à sinceridade com que escrevo, que é a mesma que tenho no meu dia-a-dia. Quem sabe eu ainda escreva um livro....rs!
As publicações serão semanais, pois meus textos são sempre longos e assim não fica cansativo.
Espero que minha história, que será relatada neste Blog a cada publicação, possa ajudar, reconfortar ou inspirar cada um que ler, de alguma maneira. Esta é minha missão nessa nova empreitada.
Beijos de nós 3!





quarta-feira, 19 de outubro de 2011

POR QUE? POR QUE? POR QUEEEEEEEEE?!

Vou "inaugurar" o Blog fazendo uma das coisas que mais gosto: contando uma história. Era uma vez uma moça que, depois de ter passado por uma dolorosa separação, pensou ter encontrado o amor de sua vida. O único detalhe é que ele morava em outro continente, e chegou da maneira como se iniciam os contos de fada modernos: através de uma rede social. Se encontraram pela primeira vez e foi tudo maravilhoso; depois, quando estiveram juntos por mais um tempo, os dois perceberam que quando o "virtual" vira "real", esbarra naquele problema básico de todo relacionamento que fica sério: a convivência. Esta ainda fica mais difícil quando se está longe do seu país, em um lugar desconhecido, nas mãos de outra pessoa, convivendo com uma rotina que não é a sua, e que tem vários aspectos que não te agradam. Sim, a Europa é linda, mas pra passear por 15 dias e voltar pro calor do nosso povo. Não demorou muito pra que notassem que de conto de fadas, essa história não tinha nada. Não se fazem mais príncipes e princesas como antigamente. A moça, de volta pro seu "reino", estava disposta a retomar sua vida deixando tudo isso apenas na memória, não fosse por um fato que mudaria tudo. Ela descobriu que os enjôos que sentiu nas últimas semanas não eram resultado dos inúmeros chocolates que devorava à noite no frio daquele apartamento português, descontando todo o stress e insegurança que sentia todo santo dia; e nem resultado do medo quase insuportável que sentia cada vez que entrava em um avião, ainda mais sabendo que passaria mais de 10 horas ali, pensando no que foi, no que não foi, no que poderia ter sido...os enjôos eram mesmo, uma vida nascendo em seu ventre. Depois de algumas semanas criando coragem, 2 testes confirmaram a suspeita. Na cabeça dela, só uma coisa: o desejo de que tudo isso não passasse de um cisto de ovário que pudesse ser confundido com uma gravidez. O cisto realmente estava ali, mas não excluiu o outro fato. Mais uma vez, isso tinha acontecido com ela. Não era possível. Como pode uma pessoa "errar" dessa maneira pela segunda vez?! E então nos 9 meses seguintes, ela chorou, chorou e chorou no travesseiro quase todas as noites e dias. Passou por coisas que até Deus duvida, se perguntava a todo instante o que deveria fazer, mas se recusou a ter o filho longe da família e voltar praquele lugar que deixou tão poucas boas lembranças...e conforme previa, terminou mais sozinha que a Rapunzel presa na torre pela madrasta. "Por que eu? Por que de novo? Por que com essa pessoa? Como fica minha vida agora?". Demorou meses pra se acostumar com a idéia, pra começar os preparativos, pra escolher o nome, pra administrar dois fatos que nem sabia qual julgar pior: outra gravidez inesperada ou admitir pra si mesma (e pro resto da humanidade) que criaria esta criança sozinha pelo resto da vida, sem saber sequer se o filho chegaria a conhecer o pai?
As semanas foram passando e, apesar da maior parte das pessoas não ter ao menos percebido a gravidez, como qualquer ser humano com sentimentos, ela começou a sentir aquela ligação entre mãe e filho que é inexorável, independente de qualquer circunstância. A barriga só cresceu no oitavo mês. Sua mãe dizia que quando pensava naquela criança, a associava sempre a um anjo, e então esse foi o tema da primeira festa em homenagem a ele: o chá de bebê. Nesta ocasião, praticamente no final da gestação, ela percebeu que, apesar de tudo, eles nunca estariam sozinhos neste mundo, pois havia muitas pessoas que se importavam de verdade. E chegou o dia, a hora e o momento: o menino nasceu, saudável, lindo, pesado. A cara do médico no centro cirúrgico não deixava dúvidas: havia algo de estranho. Aquele cisto havia crescido tanto, que tomou o ovário esquerdo quase completamente. Resolveu remove-lo ali mesmo, pois o caso já estava crítico. Quando ela viu aquilo, mal acreditava que tinha saído de dentro dela, e o pior, esteve ali durante sabe-lá-quanto-tempo assim, silencioso, sem dar sinais. Tinha o tamanho de um coração, aspecto idem, e a fez perder quase totalmente um dos ovários. Ainda em choque, naquele minuto em que ela havia acabado de segurar o filho pela primeira vez, onde os médicos ainda a libertavam daquele corpo estranho que não a pertencia, TUDO fez sentido, e todos os PORQUES foram respondidos. Após análise, o médico descobriu que se tratava de um tumor, que caso não fosse retirado iria se desenvolver infinitamente, até começar a afetar outros órgãos. Sim, apesar das noites maldormidas, do mar de lágrimas derramadas, do momento de maior insegurança e solidão de toda a vida, o Breno veio pra me salvar. Além de me dar todo o amor verdadeiro que só um filho pode dar a uma mãe. Desde o dia 29/09/11, eu parei de me questionar tanto sobre os motivos disso ter acontecido comigo, pois a resposta veio na hora certa: na hora em que uma mulher percebe que daria a vida por um filho. Ele deu a vida por mim sem precisar abrir mão de sua própria existência. E isso só prova que, pra variar, a intuição da minha mãe estava certa: o Breno é, literalmente, um ANJO que foi enviado pra mim.
Este anjo veio ao mundo em 29/09/2011, às 22:30, pesando 3.645kg e medindo 50cm.